edição 48 | outubro de
2014 2 poemas tati skor voo desatino desafio
destino desfibro destoo desfio de
existir de-existo desisto as time goes... tchau sim, guenta
cinquenta sente-se,
sessenta tenta-se,
setenta oi!,
oitenta? não
venta sem
priscila merizzio |
manequim-musa decadente em um brechó da rua XV |
2014
6 poemas, 1 miniconto valéria tarelho andorinhando tu
cano eu caca
tua e
vamos que
vamos em
bando que o
joão é de
barro e o
cu ri ó elos algumas
pessoas perderam o senso, encontraram a sonsice e viveram felizes para
sempre. na vitrine.
perderam a
noção, mas conservam o
talento para manter a pose e equilíbrio na make up. intacta! nada
abala o riso [com filtro]. a vida é uma balada! o choro foi extinto.
sempre que as
vejo, sigo. não as entendo, mas tento o convívio com esse tipo [fabricado
em série]. compartilho o milho. miro em seu espelho psicodélico e só
consigo achar meio tétrico o quadro que pintam. curto para nos mantermos
amigos. unidos seremos. na selfie e na hashtag. até que o
face se quebre. filho de uma
figa levo
comigo o corpo
morto algum
figurino [a vida
é caso
perdido] com
sorte [cruzando os
dedos] nas mãos da
morte leve 'o anel que
tu me destes' 'o amor que
tu me tinhas' para
sempre só que
não palavras são
amuletos que a escrita
correta me livre
do mau que é
mal [e
vice-versa] que meu
verso não derrape
no
derepente eu não
cometa o
concerteza nem mais [no
mas] nem
menas que cada
letra do
alfabeto me proteja
e o
poema assim não
seje assim
seja no sétimo
dia sol nesta
manhã [sólita] de
sábado: será
sorte? será
sátira? mangalô
'treis veis' excessivamente
madura não foi
colhida : caiu do
pé e
nunca lhe passaram
priscila merizzio
| paulo leminski no fidel bar | curitiba |
2014
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